Ditadura Fashion: Thais Borges.

-Um dos nomes ascendentes desta temporada, Thais Borges certamente conquistou a Moda nacional, e segue construindo uma carreira bem fundamentada, que, diga-se de passagem é o sonho de tantas meninas/meninos...

Thais tem 24 anos, 1,75 de altura, 89cm de quadril, 62cm de cintura e 83cm de busto;

Modela à aproximadamente 6 anos e agora representada pela Allure em SP acabou de fazer sua primeira temporada onde conseguiu destaque e automaticamente diversos trabalhos, incluindo o Fashion Film da À La Garçonne, Campanha da Amaro, editoriais para publicações como ELLE e VOGUE br. e etc...

Ela é natural de Belo Horizonte-MG e tem por Hobbie assistir séries, cantar e tocar violão, para entender um pouco mais sobre a Modelo e sua carreira segue abaixo:

*Thais, como e quando tu começou a Modelar?

Uma vez fui assistir a um desfile com minha mãe e um Booker de uma agência em Belo Horizonte me viu e me levou pra conhecer o dono da agência, na semana seguinte eu já estava fazendo curso e marcando minhas primeiras fotos profissionais, tinha 16 anos na época.

*Dando uma stalkeada rápida em seu insta é possível ver que tu tem outras ocupações; como é sua rotina, o que de fato tu faz, como concilia as funções?

Sou formada em Design de interiores e vim para São Paulo fazer um curso de design de móveis no Senai, mas como estou trabalhando bem como modelo por aqui está meio difícil conciliar as duas coisas, mas dá tempo pra tudo.

*Consegue imaginar sua agenda profissional em alguns anos?

O que eu mais quero no momento é viajar para fora do país, conhecer outras culturas e o mercado lá fora. Minha profissão pode me proporcionar uma das coisas mais incríveis que é ser paga para viajar o mundo, então quero aproveitar isso o máximo que conseguir.

*Após o SPFW n44 seu nome está cada vez mais em alta; essa foi sua primeira temporada? Pode nos falar do preparatório físico e psicológico pelo qual passou? E como tem sido suas experiências?

Essa foi minha primeira temporada no SPFW, fiquei muito feliz com a experiência de trabalhar com tantos estilistas e produtores importantes. Algumas semanas antes de acontecerem os castings para a semana de moda, temos aulas de passarela na agência, todos os dias, pelo menos 1 hora. Cuidar da alimentação também é importante, pois temos que manter medidas muito específicas. Quanto ao psicológico, tem que ser confiante, são muitos modelos em São Paulo durante essa semana e a concorrência aumenta, mas se você se dedicou durante um tempo para estar ali fazendo os castings basta confiar em você e no seu trabalho que tudo acontece.

*A gente tenta trazer uma visão de Moda realista aqui no Ditadura, abordamos pontos positivos e negativos, sendo assim, consegue nos dizer dois polos da Moda, um ‘on’ e um ‘off’?

Um “on” e um “off”? Acho que a DIVERSIDADE pode ser classificada nesses dois termos. “on” quando vemos modelos de vários biotipos, etnias e belezas diferentes nos desfiles e revistas, é algo positivo. Mas o meio da moda ainda tem uma boa parte que quer impor um ideal de beleza quase inalcançável na sociedade, quase ignorando nossa diversidade , quando isso acontece é “off”.

*Ainda sobre sua ascensão, que características suas tu arrisca dizer que te fazem uma boa profissional?

Por estar há algum tempo trabalhando na área, eu sei que as vezes as coisas podem demorar a acontecer, é preciso ter paciência. Com o tempo vem também a experiência e a visão de onde se quer chegar na profissão, isso me motiva a dar sempre o meu melhor nos trabalhos que faço

*Você costuma se preparar para executar um trabalho? Quais suas maiores preocupações quanto a isso?

Como trabalho com minha imagem me preocupo em sempre estar nas medidas que a agência e o mercado pedem, com a pele e cabelos bem cuidados, essas preocupações são 24 horas.
Mas para trabalhar com algum cliente específico sempre pesquiso sobre a marca antes para ver o tipo de trabalho que costumam realizar.

*Existe alguém ou alguma equipe com a qual tu deseja muito trabalhar?

Eu poderia dizer que sim. Mas por mais famoso que um fotógrafo ou uma marca possa ser, se não tiver uma energia boa e não for agradável o trabalho não flui e isso pode influenciar no resultado final.

*Thais tenho me preocupado muito com a falta de valorização da mão de obra profissional, veja bem, um exemplo disso são as/os Modelos, que passam a ganhar maior destaque quando fazem algo grande fora(eu entendo e respeito a importância de tais feitos); mas o certo não seria um reconhecimento nacional, por construir uma carreira em seu País? O que tu pensa sobre?

Isso é um ponto que me incomoda as vezes um pouco também. Mas isso acontece praticamente em todas as áreas no nosso país. O brasileiro sempre valoriza mais o que vem de fora, mesmo se tiver tido origem no Brasil, só será valorizado se outras culturas virem valor naquilo também.

*Continuando; o que tu pensa a respeito dessa cultura que nossa indústria insiste em seguir que é a super americanização/europeização do que temos em casa, fugindo de nossas raízes, sendo que temos profissionais incríveis e competentes, porém buscamos fora?

O brasileiro tem que aprender a valorizar o que tem. Somos um dos países que mais tem diversidade, tanto ambiental quanto étnicas e culturais. Todo estrangeiro que vem pra cá fica encantado com tudo isso. Então se um americano ou um europeu gosta do que vê por aqui significa que não temos que mudar nada do que é nosso para encaixar nos padrões exteriores e sim nos aprimorar no que já é nosso de natureza.

*Falando da Thais:
Quem ela é, o que ela gosta, do que ela não gosta?

A Thais é uma moça que está descobrindo seu lugar no mundo, digamos assim.
Gosto de me divertir com amigos, de trabalhar com pessoas sérias e dedicadas, de viajar, conhecer novas culturas. Não gosto de falsidade, gente preconceituosa e de quem tenta passar por cima dos outros para alcançar o sucesso, disso eu quero distância.

-Para acompanhar a Modelo de perto sigam ela no insta: @thaisborgesbr