Marcadores

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Lana Rost.

 -Agraciada com um início de carreira internacional desejado por muitas modelos, Lana, 18, nascida em Novo Hamburgo-RS, tem cativado clientes prestigiados no circuito fashion.

Seu primeiro desfile, abrindo a apresentação de Giambattista Valli em Paris na semana de Alta Costura, foi apenas o start de uma série de grifes badaladas que a modelo viria a representar.

Lana tem 1,80m, 77cm de busto, 61cm de cintura e 87cm de quadril, acabou de estampar a campanha de beleza d YSL, tem desfilado para Balmain, Dolce & Gabbana, Yohji Yamamoto e mais.

Ah, Dries Van Noten é mais uma marca para qual a jovem foi eleita para dar vida a sua campanha.

Nacionalmente ela trabalhou com A. Niemeyer, Ellus, Misci e por ai vai!

Com dois anos de carreira ela segue se consolidando no mercado e enriquecendo o posto de nosso país como celeiro de tops.

Abaixo entrevista completa:

Campanha de beleza da YSL.


*Lana, como sua carreira na modelagem teve inicio?

Eu tive meu primeiro contato com a moda a partir do concurso The Look of the Year 2019, da JOY Management, minha agência, e comecei a trabalhar como modelo no início de 2021.

*Neste momento, quais pensamentos circulavam em sua cabeça? Digo, quais eram seus desejos e receios com seu futuro na modelagem?

Meu principal medo era não conseguir me sustentar e continuar dependendo do apoio dos meus pais. Meu maior desejo, sem dúvidas, era viajar para fora, fosse para Europa, Japão, Coreia ou Turquia, eu só queria trabalhar.

*Você teve um début internacional invejável, quanto tempo depois que tu começou a ser desenvolvida esse momento aconteceu e como foi o processo, de sua viagem, ate ser confirmada pra o trabalho?

No final de 2021 minha booker de Paris me conheceu e lembro que foi amor à primeira vista. Alguns dias depois, recebi o contrato e em dois meses estava indo para minha primeira viagem.

Assim que pisei em Paris, minha booker me ligou me chamando para um casting e, ao voltar para casa, tinha um e-mail me confirmando para o desfile no dia seguinte! Foi simplesmente um sonho!

*Depois desse momento, como as coisas passaram a acontecer em sua carreira e o que mais tu fez, em que países esteve?

Apesar desse início inesquecível, não foi fácil a partir daí. Fiquei no "quase lá" para muitos trabalhos maravilhosos, mas saber receber “nãos” é parte importante da carreira de modelo, temos que aprender com eles.

Logo depois, consegui vários trabalhos relevantes, como os desfiles para Balmain, Dolce & Gabbana, Yohji Yamamoto, etc, além das campanhas para YSL beauty e Dries van Noten.

Também já visitei vários países maravilhosos graças ao meu trabalho, como França, Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Bélgica, Emirados Árabes e Irlanda do Norte. Em 10 meses de carreira internacional, considero tudo isso uma grande conquista.

*Falando em países, quais as diferenças ou particularidades de trabalhar em capitais tão distintas? Tu consegue sentir essas diferenças?

Sim, com certeza, cada capital tem seu estilo de beleza favorito e é natural trabalhar mais em umas delas e menos em outras. Para mim, por exemplo, a França é o país que melhor me acolheu e onde eu tive mais trabalhos.

*Até aqui, qual foi a melhor experiência que a moda lhe proporcionou?

Algo que eu amo em meu trabalho é poder viajar o mundo, conhecer novas culturas e pessoas de tantos países.

Me proporcionou um enorme acesso a novos conhecimentos, visitando museus e centros históricos mundialmente famosos que são, com certeza, experiências que eu nunca esquecerei!

Além disso, estar lado a lado com famosíssimos designers e fazer parte dos seus processos criativos é mágico!

*Se pudesse mencionar algo que este mercado oferece de benefício, em cunho social, ao mundo, qual benefício tu mencionaria e porque?

Acredito que a moda vem cada vez mais sendo representativa para tantos grupos sociais e outras causas nobres.

Existem muitas marcas que lutam pelo upcycling (reutilização de materiais) e outras que levantam bandeiras para diversas causas sociais.

Acredito que o principal benefício disso tudo é usar a visibilidade das grandes marcas para chegar até a sociedade e a conscientizar.

*Falando um pouco mais sobre sua ligação com sua profissão e sobre ti, o que a moda representa para você?

Eu sou apaixonada por moda, não só por ser a modelo que representa a visão do designer sobre sua criação, mas também pois acredito que a moda é uma forma de arte e de expressão.

Ela fala sobre o seu contexto histórico-cultural e, além disso, é lindo ver cada detalhe presente nas peças, com a meticulosidade de cada ponto.

Acredito que ser modelo abriu as portas para eu ver o quanto a moda é importante e incrível.

*Há algo que mudou em seu viver e/ou forma de ver a vida depois de vivenciar esse mercado?

Acredito que é natural começarmos a pensar em torno de nossa profissão. Hoje eu realmente passei a viver de moda. Meu Instagram, por exemplo, é baseado em vídeos de desfiles ou costura.

Na questão de viver, o que mudou foi passar a ser uma espécie de nômade, não ter uma base fixa e viver de duas malas - o que tem seus prós e contras.

*Pensando rápido, se pudesse mencionar uma qualidade sua que forma tua essência qual seria?

Acredito que carisma. A primeira impressão é sempre a que fica.

*Costuma ser curiosa sobre trabalhos que irá representar e tenta se preparar de alguma forma para estes? Se sim, conta pra gente?

Eu sempre gosto de pesquisar sobre as marcas para quem trabalho, como Dries, lembro que vi documentários mostrando todo o processo criativo dele, os artistas que ele usava como inspiração, o estilo das modelos que ele gostava, etc.

*Quando não esta modelando o que curte fazer?

Nos tempos que eu não estava trabalhando tanto, aproveito para sair com meus amigos para conhecer a cidade onde estou, sempre caminhamos bastante juntos e visitamos museus, shoppings, parques e restaurantes incríveis.

*Por fim, uma meta profissional?

Minha meta é continuar focada e em uma crescente, alcançando todos os trabalhos que sempre sonhei.


Lana em seu début em Paris-para Giambattista Valli.


Para Balmain.

Para Dolce & Gabbana.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Ellen Borges.

-Sergipana de Aracaju, Ellen é um dos rostos frescos que tem nos agraciado aparecendo em prestigiados castings, escalada a dedo para fechar o desfile da marca Jacquemus, a jovem de 1,76m de altura, 79cm de busto, 61cm de quadril e 86 de quadril não para de colher frutos vindouros de seu esforço.

Ellen fechando a apresentação 'Le Papier' de Jacquemus.

Aos 22 anos, carismática, enérgica e dedicada a modelo vê sua carreira tomar rumos maiores após altos e baixos, o que cunhou na desistência da jovem a seguir na carreira, o que para nossa alegria foi repensada e ela mais uma chance deu ao mercado e deste momento até aqui, muitas conquistas estão surgindo.

Acompanhe abaixo:


 •Ellen Como foi descoberta/Como iniciou na carreira:

Primeiramente, eu cai de paraquedas nesse mundo, nunca quis ser, nunca entrava na mente de ser modelo, sempre e até hoje tenho um sonho de ser arquiteta, mas em 2017, houve um concurso e minha prima que sonhava em ser uma, não queria participar sozinha, e eu não queria pagar a inscrição por ser cara e nunca querer de fato trabalhar nesse ramo, mas minha tia pagou e acabei fazendo, passando para fase de viagem para o Sul, a qual eu não fui, já que era caro e isso não era minha prioridade.

No mesmo ano, ela (minha prima) queria entrar em um curso para modelo e mais uma vez, não queria participar sozinha, então acabei que fui, pagava as mensalidades, por que o curso não era só aprendizagem para modelo, como antes eu imaginava, era ensinamento para vida e eu conheci pessoas incríveis, tenho amizade até hoje.

No curso, eu tinha que ter salto, acabei que comprei um de 12cm, eu nunca tive um e muito menos sabia estar em cima de um, e caia, e tropeçava, mas eu não desistir de aprender, varria, passava pano, lava pratos e etc, para andar naquele m4ld1t0 salto, tudo que faço, independente se seja temporário ou não, entro de cabeça, me dedico muito, no fim aprendi e ainda ensinava.

E no final do curso, acabei passando para uma agência em SP, e fiz uma loucura, deixei de dar continuidade na minha faculdade de arquitetura, tinha passado para UFS de laranjeiras (só tem lá) e fui, assim que completei 18 anos viajei para a Cidade Grande, lá eu mal tive trabalho, consigo contar em uma única mão, não me alimentava bem, trabalhei como freelancer para ter o que comer, andava mais de 1h para chegar na agência para não gastar dinheiro, meu pai até que mandava, mas depois parou e só minha mãe mandava o pouquinho de sustento e assim me virava, perdi minha bisavó um mês depois, que me ajudou muito financeiramente para ir, eu mal tive apoio da família, apenas minha mãe, minha bisa e umas primas, tinha crises de ansiedade todo dia, morava com mais de 10 modelos, era estresse e acabei ganhando medidas e cada dia que passava piorava minha saúde mental, até que voltei para minha cidade (Nossa Senhora do Socorro) e renovei minhas energias e voltei em uma semana a ter as mesmas medidas de quando fui.

Fiquei quase 2 anos nessa agência, ela se desligou de mim e praticamente no mesmo dia, minha agência mãe também. Colegas próximos me ajudaram com fotos para mandar para outra agência, pois eu já tinha pago aluguel e não teria como eu voltar sendo que tinha acabado de chegar, enviei para as 3 melhores agência de SP e passei em duas, fiquei pouco tempo, era final de 2019 e assim veio a pandemia e desistência da carreira.

Nesse ano de 2022 acabei de voltei para carreira, pois meu amigo e scouter (agora), enche meu saco perguntando se tinha desistido, se eu não ia voltar mais, que tinha uma agência mãe e ele queria minha apresentar, e acabei que cansei e disse que ele podia enviar meu material para uma agência, a qual eu fui aprovada praticamente imediatamente e 2 semanas depois, tive castings internacionais e do nada, uma viagem marcada para Milão.

E como foi tudo muito rápido, eu fiquei o que será que tinha de errado comigo naquela época “ o tempo, com perguntas nessa vibe.

Dentro de 6 meses, eu viajei para Milão, Mônaco, Paris, Londres, Istambul e Madrid, viajaria muito mais se eu não tivesse voltado para minha cidade, eu estava exausta das viagens, feliz, porém cansada, a Turquia eu sofri racismo, preconceito, foram xenofóbicos e além de ser magra, todo mundo diz seu perfil é Europa”, segredo não sei ate hoje, qual o perfil kkkk”.


*Quanto tempo de profissão?

São 4 anos, porém eu desisti da carreira no final de 2019 e assim, deu início a pandemia e acabou que mais ainda não quis dar continuidade.


*Quais são suas agências?

No Brasil, estou com E Models, sem exclusividade e me desliguei dessa agência mãe e no momento estou com AN Models e meu amigo tem uma agência que envia modelos para agência mães Surreal.


 *Quais são seus principais trabalhos até aqui?

Jacquemus, AKRIS, Loewe, Misci, Khris Joy, Ermanno Scervinno.

 

*Como foi seu processo de trabalhar com a Jacquemus, (quero dizer, do casting, fitting, quantos dias tu esteve presente no ateliê):

Foi simplesmente incrível, fui para o casting, indo eu me perdi, mas deu tudo certo; no fitting provei várias roupas, escolheram a roupa, fui para casa e tive que voltar, para mudar meu look, eu tropecei mostrando a roupa para eles (pisei errado na ladeira), no fim todos riram kkkk tivemos que ir para o Sul da França para este desfile, é simplesmente incrível, sem palavras, e lá descobri que ia fechar, meu primeiro desfile foi um fechamento, estreando numa marca foda! Imagina minha cabeça naquele momento em ver que ele e sua equipe decidiram que dentro de 61 modelos EU seria a 61, enfim, foram 2 dias de treino e no terceiro dia, foi o Grande dia, ali quando chegou no 59, o nervosismos e todos vai la e arrasa, e na sua mente meu Deus, que calor, meu pé machucado, o vento, passarela descendo em cima de pedras de sal, será que consigo?! Sim, eu consigo” e foi o momento GO!” e depois só ouço Você foi perfeitamente perfeita, obrigado obrigado” do Jacquemus enquanto ele segurava minha mão e tremendo, inesquecível. Fora que ele deu presente para cada um de seus modelos, alimentação muito boa, líquido sem falta, enfim realmente inesquecível.

E ainda trabalhei fazendo fitting para eles, todos os trabalhos que teve, eu estava no projeto.


 *Seus Hobbies:

Vôlei, desenhar e cozinhar.

 

*O que fazia antes de modelar:

Estudava o ensino médio, trabalhava e fazia curso para o Enem.

 

*Um trabalho que tenha te marcado de alguma forma e porque?

Acho que não preciso explicar que foi Jacquemus, mas o mais recente, foi para a Misci, viajei para SP, faltando 1 semana para o SPFW, fiz apenas 5 castings e acabei pegando 2, e eu ainda fechei o desfile, mais um que acreditou que eu era a peça de fechamento, a sensação é muito boa, não nego, mas desta vez eu não fiquei nervosa, como se eu fizesse isso a mais de 60 anos, enfim, o Jacquemus ainda vence kkk sorry guys.

 

*Planos para as próximas temporadas?

Isso, sem dúvidas alguma, mas melhor deixar em off.

 

Para Loewe.

 

 

Para Akris.

 

Akris.
Para Ermanno Scervino.

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Sophia Laura.

 A jovem estrela brasileira, acaba de debutar nas passarelas das grifes parisienses com tudo que tem direito!


Aos 18 anos, a modelo baiana que é representada nacionalmente pela Another Agency, foi selecionada para integrar o casting do desfile da grife Jacquemus, uma das marcas mais faladas e desejadas, no ultimo dia 12/12.

A apresentação SS23, desfilada em Paris, conta com time celebrado de modelos dos cantos mais diversos do globo, e tem tudo pra ser um ponta pé daqueles na carreira da modelo.

Vale registrar que em sua jornada na moda, Sophia já atuou em lugares como Alemanha, Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha e Inglaterra;

Em seu curriculum as revistas especializadas Numero e Vogue agregam peso, além de trabalhos com Puma, Vivara, Schutz e Fendi onde deu vida a coleção desenvolvida em colaboração com Nicki Minaj.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

SPFW n54 - Os Modelos de Destaque da Edição.

 Mais uma semana de moda pra conta, e, boas surpresas nos abraçam quando observamos os castings das principais marcas nacionais, sobretudo, os nomes que mais foram requisitados.

-Nomes como Emilly Nunes-sobre quem já escrevemos aqui-reforçam nossa busca por representação e brasilidade, surgindo ainda como inspiração e levando olhares para jovens aspirantes a modelos, de cantos muito pouco valorizados, mas com muita beleza e identidade a oferecer.

Veja abaixo os principais nomes da edição:


Ana Portela superando sua excelente performance da temporada passada, a baiana de 17 anos que é afilhada da Another Agency foi a grande recordista desta edição, somando 21 desfiles, ela tem abocanhado trabalhos desejados no mercado nacional, com campanhas para grandes marcas e estampando as paginas de revistas como ELLE, Vogue e L'Officiel, onde foi capa.

Ana para AP 03.


Noah Alef mais um rosto com origem indígena subindo para as cabeças!

O modelo de 22 anos, natural de Jequié-BA segurou o titulo de recordista dentre os meninos, com um total de 15 marcas nesta temporada.

Agenciado pela potente Way Models, Noah que descende de índios Pataxós, ja desfilou para marcas como Armani e Dsquared2.

Noah para Relow.


A Top Emilly Nunes entra para esta conta, com 17 desfiles.

A jovem modelo tem sido porta voz de assuntos que defendemos a muito, trazendo a beleza brasileira para cena, ela que também é representada pela Way, tem trabalhos para Animale, Arezzo, Dimy e a super desejo Misci, além de capas para Vogue's Brasil e Portugal.

Emilly para Angela Brito.


Aline Souza da VZM tem sido uma dessas boas surpresas que as semanas de moda nos dão.

A jovem, mencionada aqui na temporada anterior, acumula também 17 desfiles, entrando no pódio das recordistas, ela tem aparecido em editoriais para respeitadas revistas especializadas, a titulo de ELLE br.

Aline para À La Garçonne.


terça-feira, 11 de outubro de 2022

Julio Rodrigues-Lugar de Fala.

 Nascido no Rio de Janeiro-RJ, Julio(26) se encontra em momento crescente em sua jornada como modelo, há um ano aproximadamente tem visto sua carreira galgar cada dia novos degraus,

Neste periodo o jovem vem sendo escalado para trabalhos para Americanas, Dafiti, Old Parr, Renner, Umbro, Youcom e mais...

Ele conta em nossa série Lugar de Fala sobre sua jornada na moda, como seu autoconhecimento vem se dando e como vem construindo seu nome numa das indústrias mais árduas, acompanhe:



Diferente de boa parte dos modelos, durante minha infância e juventude a ideia do ser modelo era algo que nunca sequer havia passado pela minha cabeça. Acredito que ao longo desse meu processo de construção social eu não tinha essa leitura acerca de mim, tal qual as pessoas a minha volta. As coisas na minha vida ocorreram de forma inesperada e os caminhos levaram ao que é hoje (mas claro, com muito procura e empenho da minha parte também). Eu fazia faculdade de licenciatura em química e nos primeiros períodos na minha primeira aula eu travei em frente a sala de aula e me vi ali, parado diante de uma turma de alunos com olhares curiosos sem saber o que falar. Para que isso não mais me ocorresse decidi entrar para o teatro, por volta de meus 17/18 anos (não sei ao certo). Esse primeiro contato com o teatro, mesmo que uma vez na semana, num curso com diversas problemáticas, me deixou maravilhado a ponto de querer me aprofundar mais a respeito desse universo, que ainda me parecia tão distante. Com esse interesse acerca do mundo até então da atuação e num momento muito particular onde eu estava numa busca por cuidados pessoais, comecei a cuidar da minha imagem, pele, corpo e meu entendimento e leitura social foi sendo alterado até que foi surgindo a pauta modelo em minha vida. Eu comecei a procurar algumas agências no Rio e embora aprovado, não ocorreram grandes mudanças na minha vida, raramente fazia castings e não sentia o devido suporte que precisava. Esse meu descontentamento fez com que eu decidisse me jogar no desconhecido e muito ouvia falar sobre como era o mercado em São Paulo e sobre como aqui era onde as coisas realmente aconteciam. Embora sempre tenha acreditado no meu perfil o meu primeiro contato com São Paulo por volta dos meus 20 anos não foi dos mais doces... De forma muito semelhante ao Rio, eu não sentia que aqui a agência onde eu estava, embora muito mais próxima de mim me desse algum tipo de suporte sequer. Eu passei aqui 6 meses e não fiz nenhum job além de umas duas permutas para a MAC. Lembro de um episódio marcante do meu booker dizer que eu não trabalharia por não seguir os padrões heteronormativos de comportamento e os clientes esperarem uma imagem máscula ao contratar um modelo masculino (guardem essa informação, eventualmente irei retorná-la. Frustrado com o rumo das coisas nessa primeira vinda, ou melhor, com a falta de rumo das coisas e com a invalidação da minha identidade, voltei para o Rio e fui terminar a faculdade. Foram anos até que eu recuperasse a minha confiança e decidisse vir novamente tentar a vida como modelo nessa cidade hostil. Durante esse período no Rio, eventualmente decidi platinar o cabelo e naturalmente, comecei a ser chamado para pequenos trabalhos para marcas locais como modelo que ajudaram muito a me fazer recuperar minha confiança, um desses trabalhos inclusive me levou a Renner. Eu pretendia vir a São Paulo um ano antes, porém esse ano era 2020 e a pandemia começou, o mercado estava completamente inóspito e não faria sentido vir. Em 2021 conforme as coisas aos poucos estavam retornando a naturalidade, embora ainda muito distantes decidi me aventurar e meus primeiros 6 meses aqui novamente não trabalhei e quando me vi novamente nesse cenário, distante da agência e sem trabalhar, decidi que trocaria para alguma que pudesse me entender melhor e foi quando encontrei minha atual. Não vou mentir, as coisas não foram e nem estão sendo fáceis, mas eu me sinto a vontade nas relações interpessoais com meus bookers, a vontade para falar com eles sobre quaisquer demandas, ouvido, não julgado e num espaço de construção operante. A grande maioria dos meus trabalhos foi após entrar na minha atual agência. Dentre eles acho válido citar com ênfase minha campanha internacional do Whisky Old Parr, minha primeira campanha nacional de uma fast fashion conhecida como a Youcom do grupo Renner, meu comercial para Skol Beats e enfim, a lista felizmente está se tornando mais extensa a cada mês que passa.






quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Os Novos Ascendentes da Temporada de Verão/23.

 -No ultimo dia 04, finalizamos mais uma temporada internacional, com o melhor das casas mais imponentes entre NY, Londres, Milão e Paris, como temos visto, numa ordem crescente, nomes brasileiros se solidificam entre os mais requisitados nas passarelas de grifes como Alberta Ferretti, DSquared2, Hugo Boss, Max Mara, Moschino,Tom Ford e mais; 

O que estas casas tem em comum? Elas elegeram Kerolyn Soares para desfilar suas coleções, Kerolyn que segurou nada menos que 15 desfiles vale ressaltar.



Nesse mesmo circuito, notamos alguns rostos frescos, figurando papeis importantes dentro de marcas disputadas, abaixo um compilado com algumas meninas que estão a dar saltos em suas carreiras, são elas:

As gêmeas Estefani e Estédila Schmit, exclusicas para a Gucci, num desfile memorável com o casting formado por gêmeos, elas já apareceram aqui no inicio de sua carreira, vale a pesquisa!



Luna Passos, que temporada passada esteve em exclusividade com Saint Laurent, nesta edição fechou o desfile da marca e trabalhou ainda com Givenchy e Victoria Beckham.



Gabrielly Antunes, em sua primeira temporada fez, Blumarine, Etro, Margiela, Philosophy e Rokh.



Jennifer Matias fecha o show da Ferrari, passando ainda por Andreadamo, Balmain, Bottega Veneta, Dsquared2, Etro, Hermès, Lanvin, MSGM.

Taíssa Sperb, foi escolhida em exclusividade para Dior, marca com quem vem trabalhando por 3 apresentações seguidas.



Julia Bregalda, é exclusiva de Bottega Veneta, esta é a segunda apresentação da modelo para a grife.



segunda-feira, 12 de setembro de 2022

O Retorno de Shirley Mallmann à Semana de Moda de NY.

 -Celebre modelo brasileira, Shirley(45), retorna as passarelas da NYFW após lacuna de 10 anos das passarelas de NY; escalada pela grife Tibi para dar vida a recente coleção desfilada no último sábado(10), a modelo comemora retorno:

"Estou muito animada por estar aqui de volta, depois de tantos anos. É uma experiência muito especial"



Com trabalhos para as principais marcas do globo, a nível de Alexander MacQueen, Chanel, Dior, Dolce & Gabbana, Prada, Yves Saint Laurent e mais, Shirley Mallmann é uma de nossas principais super modelos, precursora dentre as modelos brasileiras, descoberta enquanto trabalhava em uma fabrica de sapatos em Lajeado-RS, ela foi requisitada como modelo para o CLASSIQUE primeiro perfume de Jean Paul Gautier, ao qual sua silhueta foi inspiração para o frasco.





sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Samara Silva.

 -Recente descoberta da prestigiada agência de modelo Way Model, vê seus sonhos tornarem realidade, após sair de sua cidade natal, a pequena Maranguape há pouco mais de 1 ano; 

Integrando o casting de uma das mais respeitadas casas responsáveis por catapultar nomes que se tornam referência na modelagem, a jovem modelo de 17 anos, com seus 1,78m de altura, participou da última edição do SPFW n53 e segue firme em busca da consolidação de sua carreira.

Samara explora também, o mundo das artes, antes mesmo de se mudar para a capital paulista, fazia pintura, as quais vendia com o intuito de acumular dinheiro para seguir seu sonho e mudar-se para uma cidade maior.

"Também sonho ser pintora. Transformo tudo em arte. Pude ir à exposição do Van Gogh quando vim para São Paulo - e foi a realização de um grande sonho. Foi inacreditável! Sempre fui muito ligada à arte. Eu fazia bonecos de garrafa, arte com barro...a arte teve um significado muito importante na minha vida, era o meu refúgio, a minha paz, onde eu podia expor tudo que eu estava sentindo. A pintura me salvou, a arte me salvou e me ajudou a chegar aqui", finaliza.

Participando ainda de eventos prestigiados como Casa de Criadores e DFB, a bela desponta tendo contato com o melhor da moda nacional.

'Tenho muito orgulho de onde vim, amo meu lugarzinho no 'meio do mato'. Tenho muitas saudades! Lá, a gente tem a riqueza da simplicidade"


Olho nela!


Para Rocio Canvas no SPFW n53.





terça-feira, 16 de agosto de 2022

Sumé Yina - Relato de Abuso e Violência Vivido por Modelo.

 -Há poucos dias, nós que convivemos na indústria da moda, ou, que acompanhamos os profissionais que nela atuam, fomos tomados pela triste noticia do que acabara de viver a modelo Sumé Yina(24), representada pela prestigiada agencia de modelos JOY Model, que foi vitima de agressão motivada por transfobia em trajeto em carro de aplicativo.

Diferente dos posts que costumo redigir neste blog, este será um espaço para o relato do ocorrido com a modelo, sobre a insegurança e medo que paira sobre uma das comunidades que mais sofre com violência no Brasil e mesmo em plena era de buscas por entendimentos, atos assim insistem em viver; com pesar e respeito, vamos ler o relato da modelo.

“Por dias venho buscando entender se devia compartilhar o que aconteceu comigo e agora que consigo mover de novo meus dedos escrevo sobre a violência brutal que eu sofri.

Me dói a carne dizer que fui mais uma vítima de transfobia, fui espancada, tive meus ossos quebrados e fui colocada no maior lugar de vulnerabilidade em que já vivi.

Escrevo nesse momento pra lembrar as minhas irmãs o quanto expostas estamos - mesmo que em nenhum momento nos esqueçamos disso - e à cisgeneridade o quanto vulnerável ainda estamos perante a vocês.

Fui agredida por um motorista da @voude99 após um abuso sexual, mais um dos inúmeros que já sofri, e espancada.

Vi meu corpo jorrar sangue por todos os lados, me senti sedada, imóvel a tamanha a violência, no fim não sentia meus braços que já estavam inchados e quebrados por eu defender como eu pude a minha vida.

Sofri transfobia no hospital assim como em t-o-d-o-s os setores em que vivencio, pois essa é a realidade das pessoas trans nesse mundo, da arte à moda, as pessoas cisgêneras não se esforçam em serem respeitáveis e atentas conosco.

Nesses primeiros dias pós acontecido eu só conseguia dormir, sem vontade de viver, sentimento em que já lutamos contra em muitos momentos da vida, pois só nos meus sonhos eu me reconfortava, já que quando eu acordava só me vinha essa situação de dor em mente inúmeras vezes.

Fico grata e feliz de ter amigas travestis que estão cuidando de mim e me reconfortando nesse momento, pois no fim temos a sensação que somos unicamente compreendidas e respeitadas por outros corpos trans.

Compartilho meu corpo agredido porque sei que por mais que eu acredite na ressignificação de nossas imagens, o que eu luto pra reconstruir, ainda sofremos os mesmos ataques, ainda toda semana uma travesti é espancada até a morte no Brasil.

Eu ainda acredito em nossa luta e em nossas conquistas, que estejamos atentas sempre que possível.”, finalizou em relato compartilhado nas redes sociais.


segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Editorial - Garoto do Futuro.

 -A evolução do vestuário masculino tem se tornado cada dia mais vista com outros olhos, ora sejam acessórios não comumente direcionados a esse publico, ora por modelagens cada dia mais ousadas, que sugere um flerte de vestimentas tidas como femininas, e, trazendo ainda mais força para a moda agênero.

Nos encontramos em momentos importantes, de construções e desconstruções, sociais, politicas e emocionais que impactam fortemente na forma de nos vestirmos e automaticamente nos expressamos.

Já que estamos com os pés no futuro, este editorial reúne modelagens interessantes, peças com detalhes simples, mas que agregam muito ao estilo,

Acompanhe:


Jaqueta Croped e Calça: Juliano Andrade.


Regata e Jogger: Degustine.


Regata: Juliano Andrade; Bermuda: Degustine.


Calça e Cinto: Degustine.



Produção de Moda e Styling: Rafa Carvalho

Modelo: Guga Paim


sexta-feira, 17 de junho de 2022

Dior Cruise 2023-Veja as modelos que desfilam no no evento.

Durante as últimas temporadas temos notado rostos migrando de apostas para estabelecidas e requisitadas, adjetivos desejados por todas as modelos;

Algumas destas meninas com capas de famosas revistas, campanhas para marcas gigantes e contratos de exclusividade, e sabemos que muito trabalho e equipes competentes gerenciando essas modelos para que elas cheguem e se mantenham no topo de uma indústria linda e de veras pouco atingível.

Sem mais, abaixo alguns nomes que estão representando a Dior no show cruise apresentado na Espanha.


Allana Brito que é rosto familiar da Dior, se faz presente no show.

A baiana rosto já visto na Vogue br entre outros títulos importantes é figura certa nas temporadas internacionais.


Maryel tem sido rosto de campanhas e desfiles por algumas temporadas consecutivas, capa da recente Vogue Korea a brasileira tem posto invejável dentro da casa.



Um dia rostos que surge com força, Catarina tem sido sensação, ela já foi capa da Vogue Brasil e mais uma vez pisa na passarela da marca.



Paula Soares, também vive um sonho, na última estação vimos a modelo em alguns pivôs fazendo seu passe aumentar, e tambem pisa mais uma vez na pista da marca.



Juliany Moraes, com quem tivemos a chance de conversar recentemente, é mais um rosto brasileiro representando a Dior em seus desfiles e eventos.




Mari Barcelos é um dos rostos mais cobiçados no Brasil, já trabalhou algumas vezes com a Dior e retorna à casa para o desfile cruise.



Raynara Negrine que foi incumbida de fechar o desfile da maison tem sido pauta em muitos veículos especializados, sendo uma das principais modelos brasileiras a trabalhar com o que há de melhor na moda mundial.